domingo, 21 de novembro de 2010

Momento de Reflexão



Programação espiritual

Antes de renascer na carne, cada Espírito elabora uma programação a cumprir. Orientado por amorosos e sábios Guias, ele se decide por determinadas vivências. Esse plano é habitualmente precedido de uma incursão pela memória do candidato à reencarnação. Salvo o caso de almas muito valorosas, a recordação é algo restrita, a fim de não desequilibrar o Espírito. É que uma parte muito considerável dos Espíritos cometeu incontáveis equívocos antes de optar pelo bem. A misericórdia Divina costuma lançar um véu sobre o passado, para permitir o soerguimento do ser. Mas chega uma hora em que ele já entesourou bastante compreensão da vida e se habituou a perdoar. Quando a alma se ocupa de amar e esquece de condenar é que pode recordar mais amplamente o que viveu. A compaixão que aplica naturalmente ao semelhante a credencia a conhecer seu histórico e a perdoar-se também. Enquanto o amor não domina o ser, este segue tateando em sua evolução. Mas sempre conta com o apoio de amigos mais evoluídos, que o auxiliam a planejar as futuras vivências. O livre-arbítrio é costumeiramente respeitado e ninguém se obriga a viver o que não deseja. O Espírito, por sua conta e risco, pode protelar por um tempo o próprio reajustamento com as leis cósmicas. Entretanto, não há paz e bem-estar sem consciência tranqüila. Mais cedo ou mais tarde, ele resolve se dignificar perante os próprios olhos. O espetáculo da felicidade dos bons Espíritos é um estímulo tentador para quem segue na retaguarda. Entre permanecer desequilibrado e trabalhar pela própria felicidade, o trabalho parece altamente desejável. Certa exceção quanto à liberdade na escolha das provas e expiações ocorre no caso de Espíritos muito endurecidos. Se a liberdade integra a Lei Divina, o mesmo ocorre com o progresso. Todos os Espíritos devem evoluir para Deus. Quando conscientes, participam ativamente das decisões sobre o que precisam viver. É até comum que peçam provas demasiado rudes, no afã de progredir rapidamente. Então, os amigos espirituais buscam convencê-los a serem mais modestos em sua pretensão. É melhor avançar mais lentamente do que falir em um projeto grandioso. Contudo, quando o Espírito é renitente no mal ou um contumaz preguiçoso, pode ser conduzido a uma existência que não deseja. Seres que enlouqueceram em vivências cruéis ou que perderam o discernimento em rebeldias contra as Leis Divinas são momentaneamente tutelados em seu refazimento. O ser é tão mais livre quanto mais consciente de seus deveres. Não ocorreria a nenhum pai deixar a criança decidir se vai ou não para a escola. Como nenhum pai sensato obrigaria o filho a cursar uma faculdade que detesta. Em tudo, deve vigorar equilíbrio e respeito a quem tem maturidade para autodeterminar-se. Assim, com base em liberdade, responsabilidade e conhecimento do passado, são programadas as existências terrenas. Não se trata de um roteiro minucioso ou de um destino inexorável. Alguns eventos marcantes são programados, mas a conduta a ser adotada é de inteira responsabilidade do reencarnante. Este é livre para comportar-se dignamente ou para rebelar-se e fugir ao dever que se apresenta em sua vida. O relevante é que ninguém é vítima indefesa de forças caprichosas ou arbitrárias. Em tudo se tem a Justiça Cósmica, que aproveita erros e acertos humanos para conduzir os Espíritos à felicidade.
Pense nisso.