Composição: Juraildes da Cruz
A mulher pra ser mulher
Não precisa desfilar na passarela
Mas sendo cheirosa, ajeitada
Eu tiro o chapéu pra ela
Se tiver o pé de anjo,
O cheiro de fruta, a pele macia
Se for manhosa, fogosa, carinhosa
Umbigo redondo e fundo
Que é pra beber água fria
Se tiver cintura de violão
A pisada leve que nem toca no chão
A boca de mel da cor de cereja
Que quando beija lampeja
E massageia o coração
Se tiver o sorriso de marfim
Tornozelo fino, ser dona do nariz
Os cabelos grandes, a palavra boa
Perfil de patroa e princesa que pede bis
Se tiver os olhos de lua cheia
No pé das orêia penuge de cana nova
Tem que ter bondade, sorriso que ilumina
Sonho de menina que todo dia renova
E o homem tem que ser homem,
Pra merecer
pois o homem só será
se a mulher deixar nascer.